sexta-feira, 1 de julho de 2011

Produção industrial brasileira volta a crescer em maio

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A produção da indústria brasileira aumentou 1,3% em maio na comparação com o mês anterior, quando a taxa havia ficado em -1,2%. Em relação ao mesmo período de 2010, houve expansão de 2,7%, revertendo dois meses seguidos de taxas negativas na mesma base de comparação.

De acordo com dados divulgados hoje (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano o índice acumula alta de 1,8% e nos últimos 12 meses, de 4,5%.

A alta observada na passagem de um mês para outro atingiu 19 dos 27 ramos da pesquisa, com destaque para alimentos (3,9%), produtos de metal (12,8%) e veículos automotores (3,5%). Já as principais pressões negativas foram exercidas pela indústria farmacêutica (-12,1%), metalurgia básica (-1,9%) e pelas bebidas (-2,2%)

Em relação a maio do ano passado, também houve expansão em 19 das 27 atividades, principalmente veículos automotores (6%) e refino de petróleo e produção de álcool (8%).

O IBGE informou que revisou o dado relativo a abril na comparação com março. Em vez da queda de 2,1% divulgada anteriormente, houve retração de 1,2%. A modificação, segundo o instituto, ocorreu em função da entrada de novas informações relativas ao mês de maio.

Edição: Juliana Andrade

IPC-S fecha junho com deflação de 0,18%

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) terminou junho com deflação de 0,18%, a menor leitura desde a segunda semana de agosto do ano passado, depois de apresentar queda de 0,15% na terceira prévia, segundo dados da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Das classes de despesas avaliadas, o destaque ficou com alimentação, que saiu de uma baixa de 0,89% na terceira apuração de junho para encerrar o mês com recuo de 1,03%, refletindo a queda nos preços das hortaliças e legumes e das frutas.

Transportes declinaram 1,09% no fechamento do mês, vindo de recuo de 1,32% na terceira medição.
Com desaceleração entre a terceira pesquisa e a leitura final de junho, apareceram vestuário (1% para 0,76%), habitação (0,42% para 0,38%) e saúde e cuidados pessoais (0,55% para 0,53%).

Educação, leitura e recreação subiram 0,54%, mesma taxa registrada anteriormente. Da mesma forma, despesas diversas repetiram a marca antecedente, de avanço de 0,13%.

Brasil sobe em ranking de inovação

País sobe em ranking de inovação
Luciano Máximo | VALOR
De São Paulo

O Brasil subiu 13 posições no Indicador Global de Inovação 2011 (The Global Innovation Index), calculado todos os anos pelo Insead, uma das principais escolas de negócios da Europa, em parceria com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Wipo, da sigla em inglês), agência vinculada à ONU. O levantamento, divulgado ontem em Paris, mostra que o país saiu do 60º lugar do ranking de 2010 para o 47º este ano.

Com o resultado, o Brasil está atrás de países como Chile, Costa Rica e Portugal, mas à frente de Rússia, Índia e Argentina. A Suíça ganhou três posições e assumiu a liderança, seguida por Suécia e Singapura na 2ª e 3ª colocações, respectivamente. A China foi o único país representante dos Brics a figurar no top ten, ficando com o 4º lugar. Finlândia (5º), Dinamarca (6º), Estados Unidos (7º), Canadá (8º), Holanda (9º) e Reino Unido (10º) fecham a lista dos dez países com melhor ambiente para o desenvolvimento de inovação do mundo.

O Global Innovation Index é construído com base em mais de 50 variáveis divididas em sete grandes blocos: Instituições (ambientes político e regulatório), Capital Intelectual e Pesquisa (indicadores de educação básica e superior), Infraestrutura (energia), Sofisticação de Mercado (acesso a crédito, mercado de capitais, comércio exterior), Sofisticação de Negócios (conhecimento dos profissionais, colaboração entre indústria e universidade), Produção Científica (computador por habitante, capacidade de geração de patentes) e Produção Criativa (consumo de produtos culturais e de lazer, produção de filmes).

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ministro Orlando Silva explica regras de licitação para Copa de 2014

No programa Bom Dia Ministro desta quarta-feira (29/6), o ministro do Esporte, Orlando Silva, falou das regras de licitação (Medida Provisória 527/11) aprovadas ontem (28/6) na Câmara dos Deputados para a Copa do Mundo Fifa 2014 e outros eventos esportivos, e afirmou que não haverá nenhum tipo de restrição de acesso aos órgãos de controle (tais como Ministério Público, Tribunais de Contas e, no caso federal, a Controladoria-Geral da União). Segundo o ministro, a sociedade conhecerá todos os dados no detalhe após a licitação.

“Haverá restrição apenas para as empresas que disputam, para que elas não combinem preço”, explicou Silva.

O ministro enfatizou que o governo “não abriu mão de coisa alguma” em relação a sigilo. Segundo ele, a proposta que foi encaminhada originalmente ao Congresso Nacional já previa a possibilidade de os órgãos de controle interno e externo terem a possibilidade de, a qualquer tempo, ter acesso a todos os dados. “Essa posição foi mantida – disse Silva – e, mais que isso, explicitada literalmente no projeto de lei, para que não sustentassem as premissas falsas que alguns tentaram argumentar”.

O fato de as empresas concorrentes não terem acesso ao orçamento prévio feito pelo governo tem como objetivo impedir que essas empresas façam acordos entre si, esclareceu o ministro, reafirmando que “todo e qualquer indício de que haja de problema em qualquer obra vinculada à Copa será prontamente apurado, para que a sociedade tenha segurança da boa utilização do dinheiro público.”

A proposta aprovada ontem na Câmara dos Deputados também define a possibilidade de se fazer contratação integrada. Conforme explicou Silva, nesse tipo de contratação o governo federal estabelece de maneira detalhada um anteprojeto, que diz o que o governo precisa. Nesse caso, é feita apenas uma licitação, e essa licitação determina que o vencedor elabore o projeto e o execute. Segundo ele, o objetivo é desburocratizar o processo e reduzir prazos e custos. Além disso, essa modalidade restringe a realização dos chamados aditivos contratuais, que muitas vezes são responsáveis por estourar o orçamento inicial, explicou o ministro.

“Agora, como quem executa é quem fez o projeto, não vai valer essa conversa de que tem que ter aditivo e, portanto, estouro de orçamento. O objetivo é reduzir custo e simplificar, desburocratizar os processos de licitação”.

No que diz respeito à possibilidade de formação de cartéis na execução das obras do Mundial, Silva disse que se esse tipo de situação for detectada, o governo federal acionará o Cade (órgão responsável por impedir a formação de cartéis), como já aconteceu outras vezes com outras obras públicas.

“Houve casos de cancelamento de licitações, de acionamento do Cade, para garantir a boa utilização do dinheiro público e a concorrência entre as empresas, o que traz para o Estado o ganho da redução do custo das obras”.

Ouça abaixo a íntegra da entrevista no programa Bom Dia Ministro.

Desemprego na Grande SP é o menor em 20 anos

Desemprego na região metropolitana de SP é o menor para maio desde 1990, revela Dieese
Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo passou de 11,2% em abril para 10,7% em maio, o menor nível para o mês desde 1990, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada hoje (29).

De acordo com a pesquisa, em maio, o total de de desempregados na região metropolitana de São Paulo foi estimado em 1,152 milhão, 45 mil a menos do que no mês anterior, resultado da criação de 124 mil vagas.

Em relação a maio do ano passado, o nível de ocupação aumentou 3,7%, interrompendo movimento de desaceleração do ritmo de crescimento observado desde outubro do ano passado.

Edição: Juliana Andrade

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Trabalhador tem até quinta-feira para sacar abono salarial

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Quem trabalhou pelo menos 30 dias em 2009, com carteira assinada, tem direito a sacar o abono salarial. O prazo para retirar o dinheiro termina na quinta-feira (30) e não será prorrogado. O benefício é no valor de um salário mínimo (R$ 545) e pode ser sacado nas agências da Caixa Econômica Federal (para trabalhadores da iniciativa privada) ou do Banco do Brasil (para servidores públicos).

Segundo dados do Ministério do Trabalho, mais de 18,5 milhões de trabalhadores foram identificados com direito a receber o abono salarial. Para sacar o dinheiro, os trabalhadores devem apresentar um documento de identificação e o número de inscrição no PIS ou Pasep.

No período referente a 2009/2010 mais de 96% das pessoas que tinham direito ao benefício sacaram o dinheiro e no período anterior, 95,71% delas retiram o abono.

Edição: Talita Cavalcante

Empresa chinesa começa a fabricar tablets no Brasil em agosto

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Representantes da empresa chinesa de tecnologia ZTE se reuniram hoje (27) com a presidenta Dilma Rousseff e informaram que a empresa produzirá tablets no Brasil a partir de agosto em parceria com empresas locais. "Já fizemos parceria com alguma fábricas no Brasil para a produção local", disse o presidente da ZTE, Hou Weigui.

O presidente da empresa ainda disse a Dilma que a ZTE já investiu no Brasil U$$ 30 milhões do total de US$ 250 milhões anunciados em abril durante visita da presidenta Dilma Rousseff à China, quando ela foi ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da ZTE, em Xian.

Os representantes da ZTE manifestaram a Dilma o interesse em participar da implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). “O projeto de banda larga é nosso foco em duas áreas, wireless e linha fixa. A presidenta Dilma presta muita atenção no desenvolvimento e implantação da banda larga. Com os eventos mundiais como a Copa do Mundo e as Olimpíadas o governo brasileiro quer acelerar o desenvolvimento das telecomunicações ”, disse Hou Weigui.

A empresa chinesa adquiriu um terreno para a construção de uma fábrica em Hortolândia (SP), onde será instalado um parque industrial, e também comprou uma fábrica já pronta. A previsão é que os US$ 250 milhões sejam investimentos até 2014 e a fábrica de Hortolândia empregue 2,5 mil trabalhadores.

A ZTE é fabricante de equipamentos de telecomunicações, de equipamentos 3G e 4G, e de soluções de rede.

Edição: Talita Cavalcante

Café com a presidenta 27/06

domingo, 26 de junho de 2011

Eleição de Graziano é vitória da política externa do Brasil

Marco Aurélio Weissheimer, Carta Maior

A eleição de José Graziano da Silva para a direção-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) é uma vitória da política externa brasileira, do governo da presidenta Dilma Rousseff e da agricultura brasileira, disse à Carta Maior o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, Alto Representante-Geral do Mercosul. “A eleição de Graziano significa o reconhecimento da importância do Brasil na área da agricultura, tanto na agricultura voltada para a exportação, quanto na agricultura familiar, onde o país teve um grande desenvolvimento agrário e social nos últimos anos, com programas altamente eficientes”.

Samuel Pinheiro Guimarães enfatizou o significado da escolha para a política externa brasileira. “A eleição do doutor Graziano significa o reconhecimento do êxito da política externa da presidenta Dilma. Disputamos essa eleição com um candidato muito forte (o espanhol Miguel Anges Moratinos). Foi uma disputa política muito dura onde só um vence. É preciso que se reconheça isso internamente. Foi uma vitória do governo e do Brasil”.

José Graziano da Silva assumirá a FAO num momento em que a segurança alimentar mundial voltou a ser tema de preocupação em virtude do preço dos alimentos. Samuel Pinheiro Guimarães lembrou que há uma demanda crescente por alimentos no mundo, o que abre uma grande oportunidade para o Brasil. “Temos a oportunidade de aproveitar essa situação para gerar receita para o país. Internamente, devemos aproveitar para agregar valor aos nossos principais produtos, como açúcar, soja e outros”.

O Alto Representante-Geral do Mercosul também destacou a importância da eleição de Graziano para as políticas de integração na área da agricultura que vem sendo implementadas no bloco sulamericano. “Isso naturalmente vai facilitar o aprofundamento dessas políticas que avançaram bastante nos últimos anos. Já uma cooperação muito estreita nesta área no âmbito do Mercosul, com um intercâmbio muito importante de experiências como o Programa de Aquisição de Alimentos e as políticas de micro-crédito”.